43.º GP ABIMOTA - Sexta-feira, 1ª Etapa
Rafael Reis vence o prólogo e é o primeiro líder do GP Abimota
O ciclista da equipa portuguesa Glassdrive/Q8/Anicolor foi hoje o mais rápido a concluir a etapa inaugural da 43.ª etapa do Grande Prémio Abimota. Tratou-se de um contra-relógio disputado à chuva em Proença-a-Nova.
Com o dorsal n.º 7, o experiente ciclista português é o primeiro camisola amarela do 43.º Grande Prémio Abimota em bicicleta, após o prólogo com a distância de 7,6 km, em Proença-a-Nova. Rafael Reis, da equipa Glassdrive/Q8/Anicolor, foi o mais rápido no curto trajcto desenhado em Proença-a-Nova, com um tempo de 9m58s, não dando qualquer veleidade aos seus mais diretos opositores.
Com um ritmo bastante preciso e indiferente à copiosa chuva que caiu durante todo o prólogo – as ameaçadoras previsões de inclemência meteorológica acabaram mesmo acontecer e afastar o público da berma da estrada –, Rafael Reis pedalou para um triunfo sem mácula.
Perante total autoridade, o ciclista de Palmela revelou-se implacável no asfalto, mesclado com piso de empedrado, bastante escorregadio devido à bátega de água, mudando praticamente as “regras” logo a abrir o Grande Prémio Abimota, abrindo um leque de novas perspetivas para as duas etapas que ainda faltam percorrer.
«Foi um contra-relógio bastante técnico e com muita chuva. Tratou-se de um prólogo que não beneficiou ninguém, ou seja, tanto chovia como fazia sol, mas a estrada esteve sempre molhada. Tivemos alguns percalços com a equipa, devido às condições metrológicas. Como não dava para ver bem as trajetórias, acabávamos por passar por cima de buracos, em que tivemos o azar de companheiros nossos terem furado», sublinhou, no final, Rafael Reis.
«Contudo, salvaguardámos a etapa, não só pela minha vitória, como o Artem (Nich) ter terminado em terceiro, pelo que temos o Grande Prémio Abimota bem controlado, com várias opções. Amanhã é uma etapa dura, de montanha, por isso vamos geri-la da melhor maneira. Nos próximos dias é defender», concluiu o ciclista da Glassdrive/Q8/Anicolor.
O também português José Sousa, com o dorsal 64 da equipa Kelly/Simoldes/UDO, cotou-se o segundo ciclista mais rápido, concluindo a tirada a 14 segundos de diferença, com o russo Artem Nych, da equipa lusitana Glassdrive/Q8/Anicolor, a fazer o terceiro melhor tempo, a 17 segundos do líder da competição e companheiro de equipa.
Depois de muito porfiar, Tiago Antunes, da Efapel Cycling, também entrou numa toada célere. Apesar de ter alcançado o quarto melhor registo, a 18 segundos de Rafael Reis, ganhou, no entanto, tempo significativo aos restantes adversários circunstanciais.
Com a estrada e o empedrado cada vez mais escorregadio e como cuidados e caldos de galinha, nunca fizeram mal a ninguém, os ciclistas optaram por não correr riscos desnecessários, com a intensão de minimizar os “estragos” nas etapas que restam.
Se, por um lado, o atraso para o líder pode ser recuperável na etapa de amanhã ou no domingo, o que lhe permitiria “controlar” as movimentações de Rafael Reis, sobretudo nas cinco contagens de montanha do Alto da Portela do Fôjo (3.ª categoria), Alto de Alvares (2.ª categoria), Alto de Olho Marinho/Marco N2 Lousã (3.ª categoria), Alto da Felgueira (3.ª categoria) e Alto do Caramulo (2.ª categoria), e Talhadas (2.ª categoria).
Por outro, o avanço do líder pode ser suficiente para deixá-lo descansado, esperando, para isso que os companheiros de equipa atuem no terreno e defender a camisola amarela. Pelo meio, há outros ciclistas que não vão cruzar os braços.
Face a este desiderato, Luís Gomes, da Kelly/Simoldes/UDO, pode ser uma “seta” para tentar uma fuga e restringir o avanço de Rafael Reis. No prólogo de hoje, Luís Gomes terminou na 5.ª posição, a 21 segundos do topo da classificação geral, com Carlos Oyarzun (Aviludo/Louletano/Loulé) e Ivo Pinheiro (ABFT Betão/Feirense), ambos a concluir a tirada a 22 segundos.
Na oitava posição terminou Emanuel Duarte (Efapel/Cycling), a 23 segundos o camisola amarela, cabendo ao espanhol Delio Fernandez (AP Hotels & Resort/Tavira/SC Farense) e o porto-riquenho Christopher Morales Fontán (Maglia Tecnosylva/BembibreCycling Team) encerrar o “top ten” a 25 e 29 segunos, respetivamente.
No sábado, corre-se a segunda etapa, com uma ligação de 175 quilómetros, entre Oleiros e Vouzela, num percurso com cinco contagens de montanha, com três de terceira categoria e duas de segunda categoria.
A partida simbólica terá início às 10h55, com a partida real a ser efetuada na EN351, em Oleiros, junto ao Cancinos. A chegada está prevista para as 15h15, junto à Câmara Municipal de Vouzela.
Rafael Reis (Glassdrive/Q8/Anicolor) - Fotos: João Fonseca
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Adrian Cerro abre o contra-relógio
O espanhol Adrian Cuadrado Cerro abriu as “hostilidades” da 43.ª edição do Grande Premio Abimota, com um prólogo de 7,6 quilómetros em redor de Proença-a-Nova. Com partida e chegada junto à Câmara Municipal, o ciclista da formação espanhola Maglia Tecnosylva – Bembibre Cycling Team vai ter de enfrentar os primeiros quilómetros em piso de asfalto e empedrado escorregadio face à chuva que tem caído nas últimas horas.
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Eletro Hiper Europa faltou à chamada em Proença
A equipa espanhola de Cervera del Maestre não compareceu hoje de manhã às verificações documentais para a 43.ª edição do Grande Prémio Abimota. A etapa inaugural, com partida e chegada junto à Câmara Municipal de Proença a Nova, é estabelecida em formato de contra-relógio individual.
A Eletro Hiper Europa foi a única equipa que faltou à chamada, estando, portanto, confirmada a sua ausência, partindo para a estrada os ciclistas em representação de 19 equipas.
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Declarações
Vital Almeida, Presidente da Direção da Abimota e Diretor de Prova do GP Abimota
«Estamos em Proença-a-Nova para a primeira etapa da 43.ª edição do Grande Prémio Abimota, um contra-relógio individual, um pouco técnico e algo complicado, com zonas de empedrado molhado, motivando algum cuidado mas que esperamos que corra bem», começo por referir o diretor de prova.
«Amanhã vamos ter uma etapa muito complicada, porque oferece cinco pontos e montanha. Trata-se de uma etapa dura, quiçá uma tirada se seleção deste Grande Prémio. A última etapa, a disputar domingo, tradicionalmente a das praias e com a subida às Talhadas, antes da chegada a Águeda, podendo, naturalmente, trazer surpresas. Contudo, será amanhã, na minha opinião, que as coisas irão posicionar para definir o vencedor do Grane Prémio Abimota», concluiu Vital Almeida.
João Lobo, Presidente da Câmara Municipal de Proença-a-Nova
«Em Proença-a-Nova inicia-se a 43.ª edição do Grande Prémio Abimota, uma competição histórica e que já faz parte do panorama nacional da modalidade, que tem ainda por missão preparar grande parte das equipas para outras provas que se afiguram também muito importantes. Esta relevante prova traduz, de facto, o capital que a Abimota tem construído ao longo dos anos, sobretudo para as bicicletas e no que diz respeito ao sector», sublinhou o autarca de Proença-a-Nova.
«Também em Proença-a-Nova iniciam-se hoje, além do contra-relógio do Grande Prémio Abimota, as festas anuais. Portanto, a prova de ciclismo traduz também a aposta que o Município tem feito ao longo do anos relativamente a este desporto. Evidentemente que o ciclismo, em Portugal, traduz muito para aquilo que é a sociedade nacional, até pelos adeptos que a modalidade arrasta e, nessa circunstância também naquilo que ajuda no espírito de equipa e, naturalmente, a entre-ajuda entre os ciclistas da mesma formação», sustentou João Lobo.
Ainda de acordo com o presidente da Câmara Municipal de Proença-a-Nova, «hoje vai ser um dia de superação». «Com a chuva, o piso fica bastante escorregadio e os ciclistas terão de dar o melhor de si, face às condições de praticar o contra-relógio, na expetativa de que será com muito sucesso o início em Proença-a-Nova a 43.ª edição do Grande Prémio Abimota», concluiu.
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Classificações em: https://www.classificacoes.net/modalidades/ciclismo/43-gp-abimota-2023/1566#results