PLANO DE RECUPERAÇÃO E RESILIÊNCIA
A ABIMOTA, Associação Nacional das Empresas das Duas Rodas, Ferragens, Mobiliário e Afins, analisou o Plano de Recuperação e Resiliência colocado à discussão pública e concluiu que uma percentagem muito elevada dos apoios estão direcionados para a máquina administrativa do Estado em detrimento das Empresas, o que não será fator de desenvolvimento.
Ainda assim sugere que sejam tidos em consideração os seguintes aspetos:
- Apontar objetivos ambiciosos para o desenvolvimento do país e quantificados com metas e prazos responsáveis;
- Tornar a administração pública mais eficaz, eficiente e que preste contas à sociedade da sua ação através, por exemplo, da obrigatoriedade do conhecimento dos prazos de resposta às questões colocadas. Esta é uma medida transversal que deverá abranger o Governo, os Organismos Públicos e as Autarquias;
- Fazer benchmarketing com entidades Europeias ou outras, para aperfeiçoar práticas e melhorar performances, por exemplo, ao nível da tramitação legal nos portos;
- Apoiar de forma mais vigorosa o investimento das empresas no âmbito da indústria 4.0;
- Lançamento urgente das aberturas de candidaturas a fundos comunitários, que devem passar a funcionar em continuo, com avaliações trimestrais e com possibilidade de apresentação de despesas efetuadas desde o início de 2021;
- Promover mais intensamente a aprendizagem ao longo da vida, passando a apoiar a frequência de ações de formação, de maneira mais robusta e não pela frequência mas pelo resultado.
- Reformular o ensino profissional de forma a que a aprendizagem seja próxima e em colaboração com as empresas;
- Alterar os programas de formação e o ensino de forma a responder às necessidades presentes e futuras das empresas.
Particularmente no que se refere à mobilidade, a ABIMOTA subscreve a missiva enviada pela MUBI, Federação Portuguesa de Ciclismo e ECF (European Cyclist’s Federation), mas considera que Portugal deveria, até porque detém a Presidência da EU, dar o exemplo e lançar, desde já, o projeto de construção de uma Rede Nacional de “Speed Bikes”, que unisse as sedes de concelho do País.